quinta-feira, 5 de maio de 2011

Saudosa Mangueira

Mangueira do meu vizinho
Minha mangueira afinal,
O seu fruto madurinho
Caía no meu quintal.

Quando ela florescia
Ainda na primavera
Começava minha alegria:
A alegria da espera.

Acompanhávamos cada dia
Dos frutos o crescimento
E quantas mangas caiam
Derrubadas pelo vento.

O fruto amarelinho
Ficava lá balançando
A janela do vizinho
Eu ficava observando.

Quando ninguém lá havia
Bastante desconfiada
Com bambu eu conseguia
Muitos frutos derrubados.

E eram deliciosos
Nunca vi mangas iguais
Posso ainda achar saborosas:
Iguaizinhas, nunca mais.

Foi-se um dia o meu vizinho,
A mangueira, lá ficou
A erva de passarinho
Por ela se alastrou.

Um dia, um cruel machado
A mangueira derrubou
Que pena ! Tudo acabado...
O que era doce, acabou !

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