Mangueira do meu vizinho
Minha mangueira afinal,
O seu fruto madurinho
Caía no meu quintal.
Quando ela florescia
Ainda na primavera
Começava minha alegria:
A alegria da espera.
Acompanhávamos cada dia
Dos frutos o crescimento
E quantas mangas caiam
Derrubadas pelo vento.
O fruto amarelinho
Ficava lá balançando
A janela do vizinho
Eu ficava observando.
Quando ninguém lá havia
Bastante desconfiada
Com bambu eu conseguia
Muitos frutos derrubados.
E eram deliciosos
Nunca vi mangas iguais
Posso ainda achar saborosas:
Iguaizinhas, nunca mais.
Foi-se um dia o meu vizinho,
A mangueira, lá ficou
A erva de passarinho
Por ela se alastrou.
Um dia, um cruel machado
A mangueira derrubou
Que pena ! Tudo acabado...
O que era doce, acabou !
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