segunda-feira, 9 de maio de 2011

Trem de Ferro

Caminhei, beirando do trem, a velha estrada
Pareceu-me, até ouvir o barulho da ferragem
Mas, se não há mais trilhos, se não há mais nada
Só em pensamentos empreendi viagem.

Vi-me na estação para a partida,
Um adeus... um lenço solto no ar.
Um triste abraço para a despedida
E já uma imensa vontade de voltar.

Lembrei pessoas ligadas àquela lida
Sr Euclides...Nicomedes...Carvalho...Vital...Nadir
Sempre presentes na hora da partida
Ou vendo os que regressavam a sorrir.

O valho trem, a Maria Fumaça
E mais tarde, o rápido Expresso
E pena que nesta vida tudo passa
Há coisa que se vão e que não tem regresso.

Quanta gente, quanta coisa transportou
Nosso querido e ruidoso trem
Ah! Que saudade, quanta lembrança ficou
Agora que ele já não vai e que não vem.

Assim como estes trilhos paralelos
Ou, como a Velha Estação, são não vidas
Alguns abraços estreitando os elos
E muitas... muitas tristes despedidas.

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