sexta-feira, 6 de maio de 2011

Infância

Domingo não era domingo
Se eu lá não fosse brincar
Ás vezes sonho que brinco
Vagando ainda por lá.

Sempre encontrava risonhos
Sr. Ângelo e Dona Tinhá
Eu nunca os vi tristonhos
Eu nunca os vi a ralhar.

Solange, Ivone, Beatriz
E mais outras companheiras
Foi um tempo tão feliz
De amizades verdadeiras.

Pulávamos o ribeirão
Passando pelo moinho
Descalças, de pé no chão,
Livres como o passarinho.

Conheciamos cada palmo
Daquele imenso pomar
Era um recanto tão calmo
Quem dera hoje lá estar.

Alegres... despreocupadas
Que turma boa, farrista
Seguíamos acompanhadas
Do velho carreiro Campista.

De outro lado da estrada
Os ranchos, o carro de bois
Saudades da batata assada
Do tempo que lá se foi...

Hoje da minha janela
Saudosa olho a velha estrada
Minha alma passeia por ela...
Só há saudade...mais nada.

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