sexta-feira, 6 de maio de 2011

Casarões em Ruínas

Destruíram os belos casarões das esquinas
Da velha praça da minha cidade
Vendo-os no chão, assim feitos em ruínas
Grande tristeza a minh'alma invade.

É como se varressem nossa história
Como se o tempo se apagasse de repente...
Mas há coisas que não se arranca da memória
Pois já se enraizaram dentro da gente.

Só as paredes da frente lá deixaram
Mas, ironia, uma delas protestou:
E, em plena noite, quando todos se calaram,
Em grande estrondo, no chão ela tombou.

Agora, só vazio... só desolação
Nada que lembre o quê ali existia.
Tristes ruínas, que prá nova geração,
Mostra a nossa velha praça em agonia.

Fecho os olhos;  retorno à minha infância
E os vejo lá: um em cada esquina
Com tanto estilo, com tanta elegância
Nunca pensei que teriam triste sinas.

Mas, a vida é assim: nada dura eternamente
Não pode a matéria para sempre durar,
Como os casarões que se foram, de repente,
É a nossa vida que se pode acabar.

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